O estudo do exoma em TRIO inclui a sequenciação do caso índex (afetado) e dos familiares não afetados (progenitores). Este tipo de abordagem – TRIO com a inclusão de ambos os pais não afetados – aumenta as hipóteses de sucesso no diagnóstico, comparativamente com análises apenas do índex (PMID: 25356970). O estudo do exoma em TRIO permite a identificação de variantes possivelmente causais herdadas dos pais ou que ocorrem de novo no doente.
A análise em TRIO, apesar de apresentar um custo superior, torna-se consideravelmente mais eficiente em síndromes com elevada heterogeneidade genética. A vantagens no contexto clínico são a redução do número de variantes eventualmente reportáveis e tornam desnecessários os estudos de segregação subsequentes para variantes únicas. A análise com base no heredograma e aplicação de modelos de hereditariedade bem estabelecidos, permite a exclusão de variantes que não obedecem a transmissão mendeliana, reduzindo assim o número de variantes candidatas.
Este tipo de abordagem diagnóstica torna-se particularmente útil no contexto de diagnóstico de patologias com elevada heterogeneidade clinica e genética, no planeamento familiar e evolução prognóstica em casais com filhos afetados.
À semelhança do Mendelioma, também contexto de TRIO a disponibilização de informação clínica detalhada, é extremamente relevante, considerando que apenas as variantes potencialmente associadas com o fenótipo do doente são reportadas, de acordo com o conhecimento cientifico disponível à data da emissão do relatório.
Relativamente aos estudos solicitados por médicos geneticistas, e mediante consentimento informado específico, serão também reportados:
Tal como em todos os Painéis MultiGene disponibilizados pelo CGPP-IBMC, na análise em TRIO é incluída a pesquisa de alterações do número de cópias (CNVs) e a identificação de variantes nos genes do genoma mitocondrial.